quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Vereadora tinha artesanato como curral eleitoral

Os tempos mudaram, até brasileiro já foi ao espaço, a Seleção Brasileira de Futebol já não é mais aquela, os coxas já estiveram na segunda divisão e voltaram para a elite do futebol, o Requião e o PMDB estão agonizando, o PT tem que pagar para alguém carregar sua bandeira e aplaudir sua candidata a prefeito, mas ainda assim encontramos político que quer transformar alguns segmentos de Curitiba em " curral eleitoral", em pleno ano de 2008 .

Julieta Reis, hoje vereadora pelo DEM (antigo PFL) não obteve sucesso na sua primeira tentativa em 92. Depois, em 96, com apoio dos artesãos e seus familiares, alcançou votação que lhe valeu uma cadeira na Câmara Municipal de Curitiba onde está até hoje, embora tenha "passeado" por outras siglas partidárias.

Ocorre que os artesãos cansaram de esperar as anunciadas novidades e começaram a se organizar em casa, procurando entre eles um nome que tivesse além de conhecimento dos problemas da categoria, um bom relacionamento nas esferas públicas para fazer fluir os problemas e colher soluções.

Foi então que apareceu o nome de Cristiane Ribeiro, Coordenadora da Feira, onde esteve por 12 anos. Dona de muito carisma, afável, confiável, com bom relacionamento e de discurso fácil. Da sua descoberta política para uma pré-candidatura pelo PRTB foi apenas um passo.

Veio o período eleitoral. Cristiane se licencia e ingressa de corpo e alma na campanha como representante da categoria para estas eleições de 2008, postulando uma vaga na Câmara de Vereadores.

Ocorre que a turbulências registradas no seu partido acabam provocando um racha na liderança e a retirada da sigla das disputas veio por pura ignorância política de seus líderes, deixando órfãos seus pré-candidatos.

É aqui que entra a vereadora Julieta Reis. Vendo a líder dos artesãos sem um partido para disputar as eleições, acredita que o seu "curral eleitoral" na feira do Largo da Ordem voltará a funcionar.

Julieta só não acreditava que Cristiane por ter responsabilidade com os artesãos, já estava a procura de um nome que assumisse as suas propostas, a estas alturas tendo ao lado Jorge Sztruk, homem de sua confiança e de grande trânsito entre os artesãos, por ter exercido as funções de gerente da feira (hoje está licenciado) que como Cristiane também não queria continuar refém de Julieta que até então não tinha apresentado uma boa proposta em favor da categoria.

Cristiane, indicada por amigos, procura o vereador Jorge Bernardi, hoje no sexto mandato, dono de um currículo dos mais elogiáveis, membro do Conselho do Ministério das Cidades, professor de nível superior, autor da Lei que criou em Curitiba o Cinto de Segurança, com pós-graduação na Universidade de Campiégne, França, e apresenta as propostas que defenderia se eleita fosse, as quais Bernardi assume integralmente.

Foi um verdadeiro choque para Julieta Reis que acreditava que sem Cristiane na sua frente, os feirantes estariam nas suas mãos.

Ledo engano. Os feirantes do Largo da Ordem adoram Cristiane Ribeiro e apontam Jorge Sztruk como uma pessoa confiável, amiga e que está sempre à disposição da categoria. Deselegantes, funcionários da vereadora praticam uma atitude desrespeitosa para com Jorge Bernardi, e Julieta Reis, inconsolada, leva uma publicação de Bernardi, onde ele assume as propostas de Cristiane para o Plenário da Câmara e exibe aos colegas se declarando traída, como se os expositores da Feira do Largo da Ordem fossem sua propriedade.

Jorge Bernardi, homem culto, de fino trato, ex-presidente do Legislativo Municipal, decide ignorar aquelas indisposições de Julieta Reis e seus funcionários, e segue trabalhando pelos bairros de Curitiba e agora também pelos artesãos da Feira do Largo da Ordem, tendo Cristiane e Jorge ao seu lado formando uma das mais competentes equipes de assessores que já teve. Seu site na Internet bate recordes de acessos, todos os dias.

Toquei neste assunto por ter testemunhando os destemperos do assessor de Julieta em pleno domingo de sol para com Jorge Bernardi, ouvir pessoas que estavam na Câmara no dia em que a vereadora anunciava "a traição", e por condenar a prática do curral eleitoral. Me aproximei da dupla Cristiane e Jorge, ouvi os expositores, tirei minhas conclusões e redigi este artigo.

Como é pratica em minha vida profissional, estou à disposição a quem se julgar atingido, para oferecer um "direito de resposta" se for o caso.

Entretanto lembro que existem réplicas e tréplicas.

3 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia, sou curitibana e sigo o trabalho de minha familia que faz brinquedos de madeira a mais de 40 anos, vendendo em lojas e feiras. Tenho muito orgulho do que faço e sustento minha família com este trabalho. Fico triste e ao mesmo tempo enraivecida de pessoas que aparentam nao conhecer o trabalho da vereadora Julieta e apresentam o trabalho de uma pessoa de respeito totalmente distorcido. Opiniao pessoal é direito de todos, mas é apenas uma opinião e não uma realidade. Julieta sempre ajudou muito os artesões quando era coordenadora e ainda mais agora. Se alguem se sente incomodado ou ofendido por isso, é uma pena, e talvez por este motivo, o Brasil não melhore tão cedo. Não tenho dúvida nenhuma que quem está incomodado tem motivos pessoais e não pensam na comunidade. Se alguém tem dúvida disso, vá a feira de artesanato e tire sua dúvida. Que Deus ilumine a vida destas pessoas para que sigam sua profissão sem que tenham que acusar ninguém para se sentirem melhores. Fernanda Oliveira, curitibana e mãe de 4 filhos lindos.

Anônimo disse...

Meus deus...Que artigo mais parcial. Ao invés de perder tempo falando mal de pessoas que realmente tentam fazer a diferença, que tentam trazer opcoes de novos postos que gerem renda frente ao desemprego desenfreado (no caso a feira de artesanato) o mentor do artigo deveria pensar em criar algo parecido que traga tantos benefícios quanto os que a feira criada e idealizada pela vereadora trouxe à cidade de Curitiba. Criticar e fácil, fazer é difícil. Quem faz deve ser valorizado. O resto trata-se de picuinhas de quem tem pretensões políticas e deve ser desconsiderado. Reinaldo Fernandes. Profissional liberal e frequentador da feira.

dossieveredito@gmail.com disse...

" não sei o seu relacionamento com o problema, mas por seu texto dá para ver que é da relação da vereadora Julieta e desconhece, ou se sabe não sabe tudo, dos " detalhes e emaranhados" que cercam a feira da qual você disse ser apenas um frequentador. Amigo, alí tem de tudo amigo, desde empresas até revendedores da 25 de Março tomando o lugar dos verdadeiros artesãos. Se soubesse pensaria diferente"