quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Silêncio estratégico de Gustavo aponta para 2010

Quem não conhece bem o deputado federal Gustavo Fruet (PSDB), deve estar perguntando para seus botões, qual a razão do seu silêncio neste período eleitoral, quando todos nós sabemos que a sua fala nestes encontros do PSDB teria efeitos milagreiros para a consolidação dos projetos de Beto Richa.

Filho do ex-deputado federal, ex-prefeito de Curitiba, Maurício Fruet, Gustavo trás no sangue a política e atua com estratégia tanto quanto seu pai fazia. Ele sabe que no seu partido além dele, tem os pesos pesados Álvaro Dias e Beto Richa, ambos com um olho no senado e outro no Palácio das Araucárias, que hoje hospeda um representante do combalido PMDB, de onde aliás, Gustavo procede.

Embora ele não fale por sua modéstia não permitir, Gustavo, hoje, pode escolher continuar na Câmara Federal, tentar o Senado ou o próprio governo do Paraná, que o paranaense vai corresponder nas urnas sem dúvida alguma, tal o carinho que todos lhe dedicam por ser filho do saudoso Maurício Fruet e ser o excelente deputado federal que é.

O eleitor deve estar perguntando. Se Gustavo Fruet é tão carismático como afirmamos, então qual o motivo dele não ser citado com mais significado nos eventos de Beto Richa?

É por uma questão de estratégia. Ele prefere se fazer presente nos eventos, muitas vezes ao lado da Eleonora Fruet, Secretária Municipal e sua irmã, sempre em locais mais discretos e aguardar o andar da carruagem para traçar uma postura rumo a 2010.

Lá, vamos ter fogo cruzado de todos os lados. Osmar Dias, PDT, é candidatíssimo, com ou sem apoio de Beto Richa. Seu irmão Alvaro Dias, com notável presença no Senado, ou continua na Câmara Alta ou vai tentar mais uma vez o governo do Paraná. Já Beto Richa, pelo que dizem seus assessores, vai querer o Palácio Iguaçu e neste caso bateria de frente com Osmar Dias.

Por todos estas observações, deu para prever a briga que vai acontecer daqui a dois anos.

Então, mais uma vez cito o silêncio estratégico de Gustavo Fruet, cujo prestigio no Estado lhe permite ficar de fora desta teia de aranha e decidir lá na frente em qual dos barcos vai velejar.

Aos seus amigos seu eterno sorriso de menino e sua mão segura. Aos que não são seus amigos(se é que existem), os favores da lei.

Politicamente Gustavo Fruet tem postura firme e consciente. Ele sabe que qualquer manifestação que fizer hoje, pode ser mal interpretada amanhã, daí o silencio dos inteligentes que adota hoje.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Na briga pelo voto vale até indiscrição

Os que têm tido a oportunidade de acompanhar algumas promoções voltadas a caça de votos dos evangélicos em Curitiba, estão observando que a falta de experiência (nesta área) está colocando em cheque a posição, que deveria ser imparcial, do Secretário Municipal AntiDrogas da Prefeitura de Curitiba.

Não foi uma nem duas vezes que eventos promovidos pelo setor evangélico de Beto Richa, ainda que a coligação tenha vários candidatos com grande penetração no meio, é direcionado a candidata Mara Lima(PSDB), numa clara preferência dos coordenadores( talvez por que pertencem a mesma igreja da candidata), em detrimento a candidatos com grande folha de serviços à cidade que pertencem à coligação.

Por orientação do secretário Marchezinni, provável inocente útil neste caso, o apresentador muitas vezes não registra a presença de outros candidatos no evento, o que tem provocado um certo mal estar entre tradicionais apoiadores de Beto Richa na Câmara Municipal que buscam a reeleição.

É bem verdade que uma eleição é como uma guerra: quem puder mais vai chorar menos depois das 18 horas do dia 5 de outubro. E neste caso todas as armas são válidas.

Mas também é verdade que não se pode trocar o certo pelo duvidoso, mesmo porque o cargo de secretário municipal estará, sempre, na corda bamba, dependendo do grau de satisfação do trabalho deste em relação aos vereadores com mandato.

Uma posição infantil, ou impensada hoje, poderá trazer conseqüências irreversíveis amanhã.

Não estou discutindo o potencial de votos da candidata da igreja Assembléia de Deus, mesmo porque já registrei candidato a deputado federal desta igreja que após eleito por um partido, dois dias depois da posse trocou de sigla, numa clara infidelidade partidária, ainda que no púlpito ele pregue outro comportamento para seus seguidores.

Apenas digo que é bom o Secretário Municipal AntiDrogas não tomar partido, a não ser que ele se licencie, para não queimar sua excelente folha profissional, pois diante de Deus todos são iguais.
Com os s vereadores é a mesma coisa para Beto Richa.

Também é bom lembrar, o que honestamente eu acredito, que os evangélicos, sejam de que denominação forem, saberão separar na hora do voto, o joio do trigo, e não confundir religião com obrigação cívica, pois diante de Deus estariam pecando.

Quem avisa amigo é!