Nos meus muitos anos de jornalista, em sua grande parte na área policial, convivi com profissionais de todas as matizes, dos principais órgãos de comunicação do país. E em muitas oportunidades fui tentado a segurar determinada notícia cujos envolvidos pertenciam a classe média e não podiam ter seu nome na imprensa.
Sempre me mantive afastado destas "oportunidades" e preferi levar uma vida modesta mas podendo dormir em paz. Atitudes como a que acusam o Ricardo Chab não é novidade. É só o leitor voltar no tempo e vai e lembrar de gente que com no máximo o primeiro grau, mas com cargo político, se valia dos meios de comunicação para atacar quem cruzasse a sua frente.
Quase sempre estes valentões do microfone, que batem na mesa, têm telhado de vidro e mais dia menos dia pisam numa casca de banana que eles mesmos jogaram ao chão e vão fazer companhia com aqueles que atacava.
É lógico que aonde tem um corrupto também tem um corruptor. Não estou afirmando que Ricardo Chab é culpado ou inocente neste caso. Tenho por ele muito carinho pela amizade que ele sempre me dedicou e vou torcer para que ele saia desta de cara limpa, volte ao microfone e faça aquilo que faz bem feito.
Entretanto, é bom que os que se iniciam no jornalismo e os que trabalham com notícia, mas não são profissionais, que aquele velho ditado" me diga com quem anda que direi quem você é", representa uma acertiva:
"Quem mete o pé na lama pode acabar com os sapatos sujos" .