quinta-feira, 9 de abril de 2009

Ronaldo, não destrua a imagem que as crianças têm de você

Outro dia vi um comercial na televisão mostrando o jogador Ronaldo, do Timão Paulista, dizendo que beber cerveja é um grande negócio e até bateu no peito dizendo que era um “brahmeiro”, quando eu só consigo vê-lo como um boleiro de primeira linha.

Acho até que é coisa do o seu procurador, que para ganhar uns trocados a mais (trocados, pois de dinheiro não é o que Ronaldo precisa), faz com Ronaldo, cuja volta aos gramados foi festejada por milhões de jovens corintianos, sãopaulinos, gremistas, santistas, flamenguistas, coxas brancas, e a imprensa do mundo inteiro registrou como alguém que estava quase no fundo do poço e deu a volta por cima.

Fiquei aborrecido, embora não torça para o Timão, pois não é assim que um ídolo do nível de Ronaldo Nazário, de tantas glórias e feitos memoráveis, deve ser mostrado na televisão com um copo de cerveja na mão e batendo no peito que é um.... digamos bom bebedor.

Que pena!

Acredito que não sou o único jornalista a protestar pela falta de sensibilidade e respeito para com a juventude demonstrada pelos empresários, ou seja lá quem for, que colocou na televisão um dos nomes mais importantes do esporte brasileiro, com um sorriso de felicidade, batendo no peito afirmando que é bom ser um bebedor de cerveja.

Que falta de sensibilidade de quem teve a infeliz idéia!!!

É isso que acontece com quem coloca seus interesses acima dos interesses da coletividade.

Agora, na primeira “cagada” que Ronaldo fizer, na vida ou no campo, afinal que é rei nunca perde a majestade, não vai faltar quem não grite bem alto:

“Vai curtir a tua bebedeira na casa da sogra malandro, vai que lá é teu lugar não no campo do esporte. Vai, bate no peito agora e afirma que você esta certo”.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Por que alunos desistem de matemática e ciências da computação?

Mas não é somente naqueles dois cursos que grande parte de alunos estão deixando as faculdades por insatisfação, ou pelo fato de muitos cursos não acompanharem a evolução do mercado. Turismo e hotelaria também frustram os estudantes pelo esvaziamento do mercado que preenche as oportunidades com tecnólogos.

Segundo associação nacional das universidades, cerca de 38% dos que estudavam turismo e hotelaria no país deixaram as salas de aulas em 2008 por terem chegado a conclusão que aqueles não eram os cursos que gostariam de estudar, e cerca de 28% dos que estavam nas faculdades de matemática e ciências da informática, também desertaram por não conseguirem acompanhar os ensinamentos em relação ao que acontecia no mercado de trabalho que se apresentava com tecnologia desconhecida pelas faculdades.

Destes fatos tiramos duas coisas.

Os estudantes quando deixam o ensino fundamental e ingressam nos cursinhos preparatórios, não passam por testes vocacionais para direcionar seus conhecimentos e aptidões e acabam aderindo à moda do momento; quebram a cara e furam os bolsos de seus pais. Isto para turismo e hotelaria, que além de tecnologia e muita comunicação o candidato também deve ter aparência e pelo mínimo falar duas línguas estrangeiras, inglês e espanhol por exemplo. E ter um bom português.

Já com relação a ciências da informática, de um modo geral o aluno acredita que ao entrar na faculdade vai ter um computador só para ele já no primeiro dia de aula e que será barbada, pois sua namorada e sua mãe afirmam que ele domina a máquina.

Puro engano, nos dois primeiros anos ele vai aprender de tudo, menos digitar já que ele é um aluno de ciências da informática e primeiro deve conhecer a história da informática e depois nos anos seguintes, entrar nos meandros da informática para então tentar produzir um programa para ser utilizado no mercado formal.

Os desertores da matemática deixam as salas de aula pela enorme dificuldade de assimilar as matérias, além dos elevados custos das mensalidades, também, em grande quantidade, por não terem passado por um teste vocacional.

Isto tudo vem favorecer os cursos tecnológicos, de dois anos de duração, que embora sem a qualidade de um curso universitário de quatro ou cinco anos, conseguem colocar no mercado de trabalho um razoável número de jovens.

O grande desafio é convencer as grandes empresas, algumas inclusive estatais, a aceitarem esta mão-de-obra tecnológica, o que não vem acontecendo, para desafio dos que defendem a capacitação de um tecnólogo e encontram barreira nos RHs que exigem formação de nível superior para a função oferecida.