sábado, 11 de outubro de 2008

Médico gaúcho amputa perna errada de paciente

Um caso ocorrido em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, vai colocar a equipe médica do respeitável Hospital Ernesto Dorneles em cheque com a população gaúcha. Tudo por que, um cirurgião, cujo nome está sendo mantido em sigilo pela Polícia e pelo Conselho Regional de Medicina, daí todos serem suspeitos, amputou a perna errada do aposentado José Medeiros.

Medeiros entrou no hospital com uma diabete em estado crônico e precisa amputar a sua perna direita.

Feitos os exames preliminares, foi submetido a uma anestesia geral e quando acordou estava sem a perna esquerda que era a boa e ainda carregava a perna direita que estava comprometida.
Agora, seus familiares estão com uma ação na Justiça pedindo uma reparação pois Medeiros ainda podia desenvolver várias atividades, mesmo com uma perna só.

Estes fatos chegam a ser comuns no país. A impunidade dos médicos, mais o protecionismo da categoria, dificultará que a família de José Medeiros receba alguma coisa como reparação do erro cometido.

Enquanto isto, nossas cadeias estão lotadas de pais de família que no desespero da falta de alimento para seus filhos, acabam roubando um litro de leite ou dois quilos de feijão.

Não que uma coisa justifique a outra, apenas faço o comparativo para mostrar o quanto nosso sistema é injusto e cruel.

No caso do Rio Grande do Sul, o médico encontra-se protegido pela direção do hospital que mantém seu nome em sigilo, segundo sua assessoria para evitar alguma agressão por parte dos familiares da vítima.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Acreditem, o eleitor não foi exigente demais

Passado o impacto do resultado das eleições e com a poeira baixando aos poucos, os candidatos que ficaram de fora começam a fazer as contas e procuram um culpado para suas derrotas.

Em futebol quando acontece uma derrota inesperada, a diretoria perdedora, ao invés de reconhecer os méritos do adversário, joga a culpa no técnico que vivia pedindo "reforços" e não foi atendido, e o demite como o único culpado.

Entretanto, na política, antes de arranjar um "Cristo", é bom uma reflexão mais profunda sem paixão, e analisar em quem e onde o candidato gastou mais fichas para chegar ao custo de cada voto conquistado, terminando por aceitar o resultado.

Ainda assim é bom lembrar que houve um amadurecimento do eleitor em todo o país, e tivemos também o aparecimento de novas lideranças sem experiência política, mas de relativo sucesso em suas atividades, o que lhe servia de referência ao colocar seu nome para julgamento popular.

É bom lembrar também, que desta vez o eleitor decidiu limpar a losa, mandando para a casa os que estavam muitos anos no poder.

Não que estes nomes não tivessem uma boa folha de serviços prestadas à sociedade, mas simplesmente por estarem muito tempo no poder, o que no pensamento do eleitor, devem dar lugar para os novos nomes.

E assim foi feito: uma verdadeira varredura foi feitas nas prefeituras e câmaras de vereadores do país e uma nova etapa na vida dos brasileiros começa a ser projetada pelos novos eleitos.

Aqueles nomes experientes que deixaram os parlamentos, deverão compor os quadros dos executivos municipáis e em muito contribuirão nos seus segmentos, pois se conhecimentos não tivessem, não teriam ficado tantos anos no legislativo da sua cidade.

E então sim, estará sendo feita justiça pelo eleitor que não votou mais naquele nome que o acompanhou por tantos anos, mas quer tê-lo no comando da sua cidade para colocar na prática os seus projetos de uma melhor qualidade de vida para todos.

É dentro deste raciocínio, que acreditamos que o eleitor não foi exigente demais.