quarta-feira, 6 de maio de 2009

Contribuição de Um Leitor Consciente: "Não é Fácil!"

Eureca !

Novos componentes, novas cabeças, novos valores. Parece que a ética aos poucos vem sendo resgatada, ainda que timidamente, pelos órgãos da imprensa em nossa República. Parabéns.

Quero crer, porém, que os episódios recentes de falcatruas, prisões e denuncias de mordomias de parlamentares, são apenas a ponta de um imenso iceberg. A internet, apesar de elitizada, tem sido um veículo fantástico nas mãos do cidadão, salvo eventuais abusos desinformados e atitudes denuncistas justificaveis.

Oxalá isto encorage a apuração e denúncia de verdadeiros crimes de lesa pátria tais como: lavagem e remessa ilegal de dinheiros a paraisos fiscais, concorrências públicas viciadas (leia obras superfaturadas), financiamento de campanhas sem declaração, perdão obsequioso de grandes devedores do fisco, ONG's fantasmas, favorecimento etc...etc....

Flávio Vilmar da Silva (Curitiba)

domingo, 3 de maio de 2009

Vereador curitibano quer legalizar atividade ilegal

O vereador Francisco Garcez do PSDB de Curitiba pode estar cheio de boas intenções, mas no caso da sua iniciativa de criar uma cooperativa de guardadores de carros nas ruas da cidade pode estar procurando “ cifre em cabeça de cavalo”, pois ninguém pode exigir nada de alguém que estacione um veículo numa via pública que esteja fora da área do estacionamento regulamentado, o nosso conhecido Estar.

Além do mais, com a criação de uma instituição privada para explorar um bem público, o vereador, além de ser inconstitucional, estará correndo o risco de abrigar pessoas de índole nem sempre recomendável e com ligações com o ilícito, como tem sido registrado pelo aparelho policial da capital.

O cidadão brasileiro, especialmente o curitibano, já enfrenta uma interrogação ao ser obrigado pela prefeitura a construir sua calçada que deve ser usada pelo público.

É o contraditório na pura expressão da palavra. Será que ele pode fazer da sua calçada o uso que lhe convier, pois é dele e por ela ele pagou?

Não, porque é uma área pública.

Então se é uma área pública, por onde todos podem passar, por que o cidadão deve pagar para construí-la?

Agora vem o Xico da Folha do Boqueirão, com quem devo tomar um café qualquer hora destas, com a idéia de criar uma cooperativa de guardadores de carros, que não é outra coisa senão dar a outrem o direito de cobrar por uma coisa que é pública.

Vamos ter brigas em cada esquina da cidade, como já acontece no centro à noite, pois ninguém é obrigado a pagar um “quardador” para cuidar do seu carro, já que o dito não lhe oferece nenhuma garantia de segurança. Até mesmo por suas poucas posses e nenhuma cultura, pois se assim não fosse não seria um guardador de carros.

Segundo a assessoria do Xico Garcez, sua idéia, se passar pelas comissões e assessorias da Câmara e ser aprovada em plenário e sancionada pelo prefeito, será implantada em caráter experimental no bairro do Boqueirão, reduto eleitoral do vereador.

Os guardadores de carros, ou flanelinhas como são conhecidos em várias cidades, já perturbam os que não pagam por seus pagam por seus serviços”, imaginemos seu comportamento com uma cooperativa para lhes dar guarida jurídica.

Será “pauleira” para todos os lados, com muita atividade para a Polícia.

Uma Feira do emprego no dia do trabalho que ignorou o idoso

Este dia primeiro de maio serviu de motivo, como acontece todos os anos, para que líderes classistas lotassem as principais praças das cidades brasileiras para comícios em defesa de suas categorias, pedindo mais abertura de empregos, redução na jornada de trabalho sem redução nos ganhos do trabalhador e mais flexibilização nos entraves trabalhistas que ocorrem nas esferas jurídicas nos embates entre patrões e empregados.

Para atrair o trabalhador às praças, lideranças sindicais lançaram mão de prêmios como automóveis, apartamentos, eletrodomésticos e contrataram artistas para shows, em programação que se assim não fosse, não teriam a presença dos trabalhadores que preferem ficar em casa do que ouvir discurso político.

Em Curitiba, entretanto, ao lado dos encontros das classe trabalhadoras, aconteceu uma feira de emprego na Praça Osório, centro da Cidade, onde inúmeras barracas abrigavam empresas que ofereciam oportunidade de emprego, ao lado de um grande número de escolas profissionalizantes, entre elas SESI e SENAC, que ofereciam oportunidades de qualificação profissional.

Foi fácil de observar que o foco desta programação estava voltado para os que buscam o primeiro emprego, muito embora quem tivesse uma qualificação poderia arranjar um emprego também. Até aqui tudo bem. Mas e os da chamada Terceira Idade, ou da Idade do Saber, ou ainda como dizem os demagogos, os da Melhor Idade?

Nada, absolutamente nada.

Era como se alguém acima dos 45 anos não tivesse nenhum valor,e não existisse nenhuma atividade que ele possa desenvolver, independente de sua condição física e intelectual.

Foi uma pena, pois os organizadores perderam uma boa oportunidade de se aproximarem daqueles que detèm a sabedoria da idade e a experiência da vida. Muitos chefes de família que com 50,60 ou 70 anos, muitos com formação superior, podem muito bem atuar na área de consultorias ou assessorias, quando não em supermercados ou armazéns de logísticas, no setor de conferencias de mercadorias etc.etc.

Quem pensa que um homem de idade com formação superior é um imprestável, que deve ficar em casa de chinelos assistindo a Escolinha do Requião ou Vale A Pena de Ver de Novo da Rede Globo, está muito enganado.

É nesta idade, se ele teve cuidados com sua saúde, não fuma e nem bebe, pratica esportes, que mais pode ser uma opção ao mercado de trabalho, pois já passou por muitas experiências e por ter chegado a esta idade em condições físicas consideradas excelente pelos médicos, pode ser citado como exemplo aos mais jovens.

Mas não. Ao lado de um aparato de dar inveja, que deve ter custado um montão de dinheiro, o que se viu na Praça Osório, em Curitiba, foi uma verdadeira caçada aos jovens por parte das empresas de RH, como se o mundo fosse feito somente desta faixa etária.

Não se pode negar o sucesso da iniciativa, apenas criticamos a falta de respeito pelos que tem mais de 45 anos, que na cabeça de certos administradores e líderes não têm nenhum valor, muito embora isto não seja verdade, quando sabemos que a idade média do brasileiro supera todas as expectativas mundiais.

O que se pode fazer. Para cada cabeça uma sentença!.

Tem gente que pensa que só existe presente e que o futuro não existe.

É bom lembrar que atrás de cada homem com mais de 45 anos tem sempre uma família e isto significa muito nos embates políticos que se avizinham, e que nestes casos, quem decide é o chefe da família, que por acaso, em geral, é um homem de idade.