sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Desemprego aumenta por falta de qualificação profissional

Nesta quinta feira ouvindo um telejornal de alcance nacional fiquei sabendo que aumentou o desemprego no país. Entretanto quem passar pelos terminais de ônibus na Região Metropolitana de Curitiba vai ficar impressionado com o grande número de empregos ofertados nas mais diferentes atividades, em cartazes fixados nos murais, o que nos parece um paradoxo.

Agindo mais por reflexo profissional, de repente me vi na Secretaria do Trabalho do Estado do Paraná, para ouvir do seu responsável em Curitiba a razão de tal problema já que o assunto ganhou manchete na televisão.

Embora não mostrasse muita vontade em explicar o problema, o jovem funcionário púbico salientou que vagas existem, mas que não existem candidatos qualificados para atender as necessidades dos empregadores.

Então eu perguntei por que a sua secretaria não fazia convênios com instituições privadas para qualificar a mão-de-obra procurada pelas empresas, já que existem verbas do FAT para tal finalidade.
A resposta foi a mais inacreditável possível. O rapaz me informou que era uma medida política e que no inicio de 2010 será desencadeada uma grande campanha de profissionalização em todo o Estado, quando então o senhor Roberto Requião, hoje governador do Paraná, pretende zerar a fila dos desempregados.

Então eu vi que pouco importa para um político se uma família passa necessidades, se não consegue pagar a luz e a água, pelo fato que o chefe da casa está desempregado por não ter qualificação profissional. A fome desta família vai continuar até 2010, quando Requião, segundo o funcionário da secretaria, vai promover cursos de qualificação e então sim o chefe da casa vai conseguir um emprego.

Não vou me alongar nesta matéria por achar que meus leitores são inteligentes o suficiente para avaliar o que acontece neste Estado, cujo governador respira por aparelhos e vai retardar o máximo qualquer medida popular para usá-la em 2010, ano eleitoral, quando buscará um cargo político a nível nacional, já que para o Palácio das Araucárias ele, graças a Deus, não voltará mais.

Antes de encerrar quero lembrar que em 2010 serão disputadas duas vagas para o Senado da República e uma delas já tem dono, a não ser que ele, Gustavo Fruet, dentro de sua incrível modéstia, resolva continuar na Câmara Federal.

Como o ama nhá a Deus pertence, só nos resta esperar para ver o que acontecerá, inclusive se Requião terá coragem de esperar até lá para qualificar paranaenses para o mercado de trabalho e assim tira-los da miséria.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

URBS tem que avisar quando vai aumentar a tarifa

Está na lei, a URBS, empresa gerenciadora do sistema de transporte de Curitiba tem o dever de avisar a comunidade, em especial os empresários privados que bancam o transporte de seus funcionários, com pelo menos 10 dias de antecedência, quando e em quanto vai aumentar a tarifa do coletivo.

A comunidade em geral não sabe, mas existe um Conselho Municipal dos Transportes e uma comissão permanente na Câmara Municipal de Curitiba, a de Serviços Públicos, que deveriam discutir o assunto exaustivamente antes de uma nova tarifa entrar em vigor.

Para não dizer que é uma questão de respeito para com o cidadão a URBS, por uma questão de transparência, deveria anunciar antecipadamente a nova tarifa para que os empregadores possam reajustar seus caixas de forma a conseguir recursos para fornecer o vale transporte, mas não, usando a “força do poder”, na base de” quem tem poder manda e quem não tem obedece”, a URBS ignora a Câmara Municipal e passa para R$ 2.20 a tarifa convencional nos dias úteis, sem comunicar a ninguém.

O Conselho Municipal dos Transportes, com seus integrantes certamente em férias, deve ter dado carta branca para a URBS e tirado o corpo fora da briga, esquecendo que para o povo, a galera como gosta de falar o apresentador Faustão, é a cara de Beto Richa que fica exposta em qualquer iniciativa que o serviço público municipal tomar, fato que a oposição na Câmara de Vereadores faz eco.

Não coloco em discussão se a tarifa em Curitiba é ou não justa, até acho que é, o que está em jogo é o direito dos empresários saberem com antecedência, como manda a lei, para que possam alimentar os cartões dos seus funcionários, sem prejudicar seus caixas, já que eles estão vindo de despesas inevitáveis com o décimo terceiro salário, férias coletivas, etc. etc., como não bastasse a necessidade de proteger a imagem de Beto Richa que já começa a contar os dias que faltam para chegar outubro de 2010.

Ou será que estou enganado?