sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Formandos de medicina da Positivo preparam manifesto

Embora a direção da Unicenp procure negar, a verdade é que estudantes recém formados em medicina naquela instituição, que não conseguiram registrar seus diplomas no CRM/PR, não estão nada contentes com as explicações que a direção da faculdade está dando pelo imbróglio da posição do MEC em não reconhecer aquele curso, e afirmam que vão para às ruas da cidade em protesto pelo ocorrido.

E não é para menos. Depois de um vestibular dos mais concorridos; um monte de anos pagando uma das mais altas mensalidades do país; depois de fazerem uma festa gigantesca no recebimento dos diplomas, uma renca de jovens com muitos sonhos na cabeça, não consegue registrar seus diplomas no conselho da categoria, sob a alegação que o curso de medicina da Unicenp não estava autorizado pelo Ministério da Educação.

Como é que pode acontecer um fato desta natureza, exatamente num dos mais acreditados grupos empresariais do país, cuja direção goza do mais alto conceito na sociedade?

É fácil explicar!

Os assessores do professor Ariovisto, presidente do Grupo Positivo mais os diretores da Unicenp, sempre esconderam a verdade dos fatos. São do tipo do empregado que não sabe resolver problemas que saiam do cotidiano e mentem para garantir o emprego, mesmo que este comportamento venha em prejuízo de centenas de jovens que passaram uma pilha de anos nos bancos da instituição, pagando caro para um ensino que não estava autorizado.

Sim, não vão eles, os assessores do professor Ariovisto, dizerem que nada sabiam e que foram pegos de surpresa com a atitude do MEC. Se Brasília negou reconhecimento é porque inúmeras tentativas lhes foram concedidas não foram atendidas. É de interesse de Brasília que o país tenha médicos de boa qualidade, com o se espera sejam os que estavam nos bancos da Unicenp.

Então por que o MEC não o autorizou o Curso de Medicina da Unicenp?

Certamente porque o seu quadro de professores apresentava algum senão, ou porque as disciplinas curriculares não se enquadravam com as exigências legais, ou algum outro “pepino” não foi descascado e agora azedou para os lados dos que pagaram a conta e não têm nada com as exigências do MEC não cumpridas pela Unicenp.

De qualquer forma, seja o problema que for e que tamanho tenha, o que não se esperava é, exatamente a mais sofisticada instituição de ensino do Estado, ter um dos seus cursos, senão o mais importante, não ser reconhecido pelas autoridades.

Assim, entendemos como justo o protesto anunciado pelos frustrados médicos da Unicenp, isto se a direção do grupo não abortar a idéia, já que ficará feio a moçada sair pela Boca Maldita gritando. “ Unicenp, eu quero ser médico, quero ser médico com diploma de verdade”.

Afinal, que paga tem que receber, e quem recebe, tem que entregar. Seja um boné, uma câmara de ar, ou um diploma de um curso de medicina.

Certo ou errado?

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Bernardi lamenta não ter coligado com outros partidos

A última reunião realizada pelo PDT de Curitiba, a primeira depois das eleições, mostrou um presidente constrangido com seus companheiros pelas atitudes que deixou de tomar e que se tomadas garantiriam uma bancada de pelo menos cinco vereadores daquela sigla na Câmara Municipal de Curitiba.

Ao presidir a reunião ordinária da última segunda feira no Hotel Paraná Suite, o ex-vereador Jorge Bernardi, presidente do Diretório Municipal do PDT, hoje Secretário Municipal do Trabalho, gastou a maioria do tempo tentando se justificar perante a assembléia composta basicamente por ex-candidatos que ao todo fizeram quase 2 mil votos a menos que as eleições de 2004, o que deu as duras penas para eleger três vereadores, ficando ele, o próprio Jorge Bernardi e o novato Mauro Inácio na suplencia com menos de 300 votos apara o último colocado que foi Roberto Hinça.

A reunião em sí foi um desastre. Teve até o conhecido Professor(sic) Walter Cesar, autor de inúmeras façanhas pelas bandas da Cidade Industrial de Curitiba, membro do PMDB por quem foi candidato, sentado a mesa dos trabalhos e sendo chamado de Doutor. Foi uma péssima noite a de segunda feira para o ex-vereador Jorge Bernardi.

Ao longo da última campanha Bernardi teve oportunidade de coligar com o PSDB de Beto Richa e o PT da mulher do ministro do planejamento Paulo Bernardo. Várias tentativas daqueles partidos foram feitas com Bernardi, mas ele, não se sabia por que resistia, preferindo formar uma chapa completa, embora somente com dois ou três nomes de importância tirando os quatro vereadores com mandato( aqui incluímos ele também), e o resto somente para fazer número. Tudo por que, Bernardi não queria magoar seus companheiros, já que teria que eliminar a metade dos 64 candidatos para atender as exigências legais de uma coligação.

Não falou nada com ninguém, Não discutiu as propostas que recebia, não teve coragem de líder partidário que deve pensar primeiro no partido e não em coisas pequenas e aconteceu o que aconteceu. Não se reelegeu e os seus companheiros que ele não quis magoar, hoje reclamam que tudo poderia ser diferente.

A vida é assim mesmo. Cheia de surpresas. Hoje ele é Secretário Municipal do Trabalho de Beto Richa e não tem poder para nomear seus próprios assessores, tendo que se contentar com o que as outras secretarias lhe podem emprestar, nadando em mar revolto já que ali não é a sua praia.

E para piorar ainda mais, assinou um contrato de responsabilidade com cotas de produção fixadas pelo prefeito que será candidato ao Governo do Paraná daqui dois anos, quando deverá bater de frente com o senador Osmar Dias, presidente estadual do PDT, cujo sonho maior é ocupar a cadeira onde hoje senta Roberto Requião de Mello e Silva.

E quando 2010 chegar, Bernardi deverá deixar aquela pasta, já que seu partido será adversário do seu atual patrão, ficando então, politicamente falando, órfão de pai e mãe. E o pior, até lá teremos eleições para uma nova diretoria no PDT de Curitiba, quando novos nomes se apresentarão para tirar o partido de Brizola do ostracismo e do individualismo, para que ele ocupe o lugar que sempre mereceu no coração dos brasileiros, com o 12 sendo o número de sorte dos curitibanos.

Mas como tem muita água para correr debaixo desta ponte política, muita coisa poderá acontecer, para o bem ou para o mal do PDT, mas certamente vai acontecer.