E não é para menos. Depois de um vestibular dos mais concorridos; um monte de anos pagando uma das mais altas mensalidades do país; depois de fazerem uma festa gigantesca no recebimento dos diplomas, uma renca de jovens com muitos sonhos na cabeça, não consegue registrar seus diplomas no conselho da categoria, sob a alegação que o curso de medicina da Unicenp não estava autorizado pelo Ministério da Educação.
Como é que pode acontecer um fato desta natureza, exatamente num dos mais acreditados grupos empresariais do país, cuja direção goza do mais alto conceito na sociedade?
É fácil explicar!
Os assessores do professor Ariovisto, presidente do Grupo Positivo mais os diretores da Unicenp, sempre esconderam a verdade dos fatos. São do tipo do empregado que não sabe resolver problemas que saiam do cotidiano e mentem para garantir o emprego, mesmo que este comportamento venha em prejuízo de centenas de jovens que passaram uma pilha de anos nos bancos da instituição, pagando caro para um ensino que não estava autorizado.
Sim, não vão eles, os assessores do professor Ariovisto, dizerem que nada sabiam e que foram pegos de surpresa com a atitude do MEC. Se Brasília negou reconhecimento é porque inúmeras tentativas lhes foram concedidas não foram atendidas. É de interesse de Brasília que o país tenha médicos de boa qualidade, com o se espera sejam os que estavam nos bancos da Unicenp.
Então por que o MEC não o autorizou o Curso de Medicina da Unicenp?
Certamente porque o seu quadro de professores apresentava algum senão, ou porque as disciplinas curriculares não se enquadravam com as exigências legais, ou algum outro “pepino” não foi descascado e agora azedou para os lados dos que pagaram a conta e não têm nada com as exigências do MEC não cumpridas pela Unicenp.
De qualquer forma, seja o problema que for e que tamanho tenha, o que não se esperava é, exatamente a mais sofisticada instituição de ensino do Estado, ter um dos seus cursos, senão o mais importante, não ser reconhecido pelas autoridades.
Assim, entendemos como justo o protesto anunciado pelos frustrados médicos da Unicenp, isto se a direção do grupo não abortar a idéia, já que ficará feio a moçada sair pela Boca Maldita gritando. “ Unicenp, eu quero ser médico, quero ser médico com diploma de verdade”.
Afinal, que paga tem que receber, e quem recebe, tem que entregar. Seja um boné, uma câmara de ar, ou um diploma de um curso de medicina.
Certo ou errado?