quinta-feira, 23 de julho de 2009

Curitiba: Vice-prefeito prepara terreno

Como dizia meu velho pai, é com o andar da carruagem que a carga se ajeita.

Os fatos políticos que acontecem em Curitiba nos mostram que os interessados na eleição para o Governo do Paraná vão, aos poucos, mostrando seus reais interesses já que esconder não dá mais.
Todos sabemos que se Beto Richa é eleito governador assume a prefeitura de Curitiba o atual vice, Luciano Ducci, PSB, e quando ele sentar na cadeira de Beto,vai ganhar notoriedade, e naturalmente nascerá uma nova liderança na Cidade.

Como para Beto Richa disputar a eleição ao Palácio das Araucárias terá que deixar o cargo de prefeito, seu vice já começa a manter contatos pelos quatro cantos da cidade, com vistas a fortalecer seu nome e, pelo menos, torná-lo mais simpático, já que ele não tem o carisma do Beto e até os dias de hoje ainda não aprendeu a vender sua imagem (pode ser coisa de assessoria), até porque, ele carrega na teste a imagem de vice e anda a um passo atrás do seu chefe maior.

É incrível como a política apresenta nuances que exigem dos candidatos a um cargo público que reformem seus hábitos e se ajustem à realidade do momento, deixando que seus assessores (desde que preparados) indiquem os caminhos a seguir para saber separar oportunistas de profissionais para não dar vexame.

No caso de Luciano Ducci, independente dele estar fazendo média com a mídia, particularmente com os jornais de bairro, o que mais ele deverá fazer é torcer pelo sucesso do Beto Richa já que ele será a bola da vez no Palácio 29 de Março, ao menos até outubro de 2012, quando deverá estar preparado para enfrentar as urnas de forma direta, já que novas lideranças estão sendo preparadas para o confronto.

Hoje, a única coisa que Luciano Ducci sabe falar é sobre a Mãe Curitibana, programa que deu certo em Curitiba, mas que não é de sua autoria, pois faz parte de um grande projeto da Organização Mundial da Saúde, e ele apenas adaptou a idéia para Curitiba, com sucesso, diga-se de passagem.

De resto, não conheço nenhum programa que o credencie a ser prefeito em Curitiba, a não ser o direito constitucional de substituir o atual titular do cargo.

Então, deu para entender a necessidade de sua peregrinação pelas regionais e os contatos que programa ter com a mídia?

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Deputado quer ações concentradas pela reabertura do Hospital do Carmo

Faz muito tempo que tratei deste assunto neste Blog e na oportunidade dei minha opinião de que, independente dos motivos que levaram à paralisação das atividades do Hospital do Carmo, a sua reabertura, até mesmo por uma questão de saúde pública, deveria ser tratada no terreno da diplomacia, da boa política, da economia porque não, e do bom censo, pois para uma cidade que se anuncia como referência nacional, ter um hospital fechado numa região altamente populacional é, até para os mais leigos, algo muito estranho e suspeito.

Curitiba tem os hospitais das Clínicas que atende inclusive doentes do interior e outros estados; o Hospital do Trabalhador, o Hospital Evangélico e o Hospital do Cajurú.

O último mantido pela PUC e o penúltimo pelos evangélicos, com recursos provenientes dos cofres públicos, e por mais que tentem não conseguem atender, ao menos satisfatoriamente, as necessidades de Curitiba, o que provoca as enormes filas de espera em suas portarias. Enquanto isso, o Hospital do Carmo está com suas portas fechadas e seus equipamentos encaixotados.

Todos nós sabemos da deficiência no atendimento médico de internamento, especialmente para adultos em Curitiba, mas todos nós sabemos também que os órgãos oficiais investem altas somas nos hospitais Evangélico e Cajuru, para pagamento dos atendimentos que fazem via SUS, e por que não discutir o problema do Hospital do Carmo e reabri-lo, não só para desafogar os quatro hospitais existentes, mas também para atender a população do Boqueirão, Alto Boqueirão e entorno, que deve girar em cerca de 300 mil habitantes, se não for mais.

Hoje, sabemos que o médico Niasy Ramos Filho, que é o diretor proprietário do Hospital do Carmo, recebeu a simpatia do deputado estadual Fernando Scanavaca (PDT), que já marcou uma reunião com as partes envolvidas, visando levantar a realidade dos fatos, avaliar procedimentos futuros, com o firme propósito de reabrir aquela casa hospitalar, para que a população daquela região, e entorno, não mais precise se deslocar grandes distâncias para uma consulta médica.

Sabe-se, por terceiros, que fatos políticos-econômicos, misturados com um pouco de egoísmo e falta de sensibilidade, é que levaram ao fechamento do Hospital do Carmo e não falhas de atendimento ou de administração, até por que, o seu diretor, além de professor da UFPR, foi um dos melhores diretores que o Hospital das Clínicas já teve, e é um profissional altamente respeitado pela sociedade.
Assim, entendemos que a proposta do deputado Fernando Scanavaca estará amparada por boas razões e por movimentos populares que certamente surgirão para lhe dar suporte nas negociações que terá com as autoridades da Saúde.