quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Cuidado! Remédio contra gripe suína leva ao suicídio

Sem querer fazer sensacionalismo, coisa que não é do meu tipo, descrevo entrevista que assisti na televisão, na noite desta terça feira, sobre a realidade da gripe suína no país, quando professor de infectologia e virologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Maulori Cabral disse que o remédio Tamiflu, hoje citado como a única saída para combater a gripe que apavora o mundo, leva seus usuários a sensações de agitação, é psicótico e provoca o desejo de suicídio já nas primeiras vinte e quatro horas de ingestão.

Maulori deu esta declaração no Canal Futura da Rede Globo, em Sala de Notícias, quando o assunto era tratado em rede nacional e ainda salientou que no Japão, China e grande parte dos Estados Unidos o remédio não pode ser vendido em farmácias e sua indicação é somente em casos extremos, mas ainda assim sob grande risco e ministrado em hospitais.

Não sei não, mas o que deu para observar na entrevista do especialista é que o Brasil nunca esteve preparado para nenhum tipo de epidemia e a pesquisa nesta terra só acontece quando a água já está no pescoço na população e que o Ministério da Saúde dá pouca credibilidade para as informações de cientistas que somente são levados à sério quando o problema atinge grandes proporções.

Sobre a mídia, acusada por tecnólogos de plantão em Brasília de sensacionalista, para o professor carioca está fazendo o seu papel e até deveria ser mais rigorosa nas críticas, pois somente assim os governantes vão tomar medidas preventivas.

Enquanto o país quase pára com esta gripe, o Planalto mostra-se preocupado com a declaração de Marina Silva, PV, em ser candidata a presidência para enfrentar a Dillma Roussef no mesmo terreno, e tenta amenizar as estragos das reafirmações da ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, que confirma que Dilma fez pressão para que ela determinasse investigações na vida financeira de José Sarney e Cia.

De resto, é pizza e mais pizza Congresso Nacional, coisa na qual seus integrantes sempre foram especialistas.

Uns temperando, outros assando e outros comendo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Gripe: Evitar pânico deve ser prioridade

Todos nós sabemos que existe um surto de gripe com características diferenciadas procedente do México, atacando em todo o mundo. Inicialmente tida como de origem suína ( um porco teria espirrado quando estava perto de algum humano)e rapidamente se espalhou pelas Américas do Norte e Central, chegando ao Brasil e Argentina, com passagem pelo Chile, com registro de muitos óbitos e hoje é motivo de medidas preventivas das autoridades para evitar uma pandemia.

No Paraná, não é diferente dos outros estados sulinos, que nesta época do ano apresentam temperaturas baixas, o que facilita a sua propagação, muito especialmente nas pessoas com baixa imunidade e enfraquecidas por alguma enfermidade.

Ninguém sabe informar exatamente quantas pessoas já morreram somente por causa da gripe importada, o que abre espaço aos pessimistas e especialistas em criar problemas, para dizerem que estamos às portas da repetição de uma Gripe Espanhola que causou inúmeros óbitos anos passados.

É verdade que os hospitais e funerárias de Curitiba estão tendo mais serviços do que em dias normais. Também é verdade que muitos sepultamentos ocorridos na capital estão acontecendo com as urnas lacradas por determinação das autoridades da saúde.

Mas não sabemos qual a verdade dos números. Enquanto no HC nenhum jornalista consegue passar da portaria, no Hospital Pequeno Príncipe ficamos sabendo que a cada cinco crianças que dão entrada gripadas, três vão a óbito e seus familiares são orientados para sepultá-las o mais rápido possível e com urnas lacradas.

Enquanto isso a central de boatos fala que o comércio (supermercados e shoppings) vai fechar, todas as fábricas vão paralisar suas atividades, os trabalhadores vão ficar em suas casas, as escolas vão permanecer sem atividade e ninguém deverá sair às ruas até segunda ordem.

Mas afinal, não está na hora das autoridades reunirem todos os meios de comunicação, jornais, rádio e televisão e jornais on-line e falar abertamente o que está acontecendo de verdade?

Enquanto alguns falam que não deve haver uma histeria coletiva, os postos de saúde lotados e o silêncio das autoridades nos leva a acreditar que algum muito sério está acontecendo e já se observa uma espécie de pânico nas pessoas e que pode sim se instalar de uma hora para outra uma situação incontrolável, o que vai exigir medidas mais sérias das autoridades.

Aqui cabe uma pergunta:

Este silêncio é estratégico e preventivo, ou não temos uma verdade sobre o assunto e nem autoridade acreditada para falar sobre esta gripe?