sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Criança Especial fora dos planos do MEC

Não precisa ter um filho com necessidades especiais para saber quanto isto custa, financeiramente e emocionalmente, para juma família. Tratamento médico com especialistas, medicamentos difíceis e muito caros, e ainda por cima sob rigoroso controle das autoridades. Equipamento para deslocamento com ergonomia direcionada para cada anomalia, também com preços elevados.Tudo isso exige de uma família que tem filhos especiais uma verdadeira ginástica para se manter.

Como se não bastasse tudo isso, agora estas famílias correm o risco de verem seus filhos com necessidades especiais sem uma escola adequada às suas limitações, tudo pela iniciativa de um ministro que não deve ter parentes e nem conhecidos seus com necessidades especiais, daí desconhecer a realidade dos fatos.

Por mais incrédulos que sejamos não dá para ignorar a gravidade dos fatos e as conseqüências da iniciativa do Ministro da Educação de acabar com as escolas especiais e determinar o que ele está chamando de “inclusão social”, é apenas misturar crianças especiais com crianças normais numa mesma sala com um mesmo professor.

Não preciso dizer que a proposta do MEC chocou a sociedade e jogou para o alto o sonho dos pais de crianças com necessidades especiais de um dia para outro verem seus filhos alfabetizados e qualificados para ingressar no mercado de trabalho.

Também não é preciso dizer que uma professora do ensino básico e fundamental com formação pedagógica curricular, nos padrões do ensino público oferecido nos dias de hoje, mão tem a preparação adequada para tratar e ensinar uma criança com necessidades especiais.

Agora imaginem uma professora do ensino público, tendo que dar aulas para crianças de dois tipos de necessidades num mesmo instante?

É só na cabeça do Ministro da Educação achar que isto seria possível acontecer, sem criar um trauma de inferioridade nas crianças com necessidades especiais, e de superioridade e discriminação nas crianças, digamos, normais.

Em nosso entender, pelo visto, crianças com necessidades especiais estão fora dos planos do MEC,

Eu pessoalmente acho que se a sociedade organizada, pais e professores de escolas especiais, se juntarem, o MEC muda sua opinião.

Então, mãos às obras. Vamos às ruas. Vamos falar alto. Vamos mostrar que o MEC está errado, e que dar uma de “Pilatos” não vai funcionar.

O MEC tem responsabilidade sobre estas crianças e a própria Constituição Federal é clara quando o assunto é criança especial.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Em Curitiba, os traficantes desafiam autoridades da segurança

O que está acontecendo no bairro Uberaba, em Curitiba, já era previsto quando aquele verdadeiro bolsão de pobreza se instalou nas proximidades da montadora de automóveis que estava sendo construida às margens da BR 277, hoje denominada de Vila União.

Alí nunca existiu policiamento preventivo. Seus moradores, nem todos são marginais, nunca receberam ajuda da prefeitura ou do governo do estado e foram se instalando como Deus ajudava.

Passaram frio, tomaram chuva na cabeça, dormiram ao relento, passaram fome e os traficantes, oportunistas que são, aproveitaram toda aquela omissão e tomaram conta do bairro.

Quando não ajudavam transportando um doente, ajudavam com cesta básica, arrumavam fio elétricos para as redes clandestinas de energia que iluminava os pequenos casebres, e assim se transformaram nos heróis locais.

Implantaram uma lei onde o mais forte manda no mais fraco. Até para instalar um pequeno boteco o interessado tinha que pedir autorização dos traficantes, que usavam até crianças como informantes de tudo o que acontecia por alí.

Do mal ou do bem, eles estavam alí e ninguém se atrevia a cometer abusos que eles simplesmente “ despachavam”, como costumam dizer quando alguém é assassinado, ou simplesmente desaparecia da área.

Hoje, a área está em pé de guerra porque alguém quebrou as regras existentes e provocou a indignação da “Chefia” que determinou que seus integrantes mostrassem quem mandava naquele “ pedaço” e deu no que deu.

Os moradores são obrigados a se recolherem às 9 horas e ninguém deve ser visto nas ruas depois deste horário, sob pena ficarem no meio de tiroteios que podem ocorrer a qualquer momento.

E a Secretaria da Segurança?
As autoridades sabem que a barra é pesada e que ninguém vai se entregar sem resistir, tudo por que quando devia instalar uma segurança preventiva, ignorou as necessidades daqueles moradores, não se preocuparam quando alguns jovens apareciam fumando maconha.

Como pobre não tem dinheiro para comprar drogas, é lógico que alguém estava distribuindo o “ fumo” em troca de algum trabalho para os traficantes. E assim se instalou um poder que agora manda no bairro e implanta as regras que bem entende.

A Secretaria da Segurança está sendo desafiada pelos traficantes que tomam conta de algumas regiões do Uberaba. Os deputados pedem a presença do Secretário para explicar as medidas que estão sendo tomadas, mas ele não aparece e ignora o Legislativo. É ocaos na segurança pública enlameando a imagem da cidade.

domingo, 4 de outubro de 2009

Técnicos e sociedade vão conhecer o bonde elétrico

A idéia não é nova e vai ser debatida em Audiência Pública no próximo dia 13 na Assembléia Legislativa. O deputado estadual Neivo Beraldin, autor da proposta, já tomou esta iniciativa quando seu nome foi ventilado para disputar a Prefeitura Municipal, mas foi abortada por razões que no momento não nos cabe comentar.

A diferença entre o bonde elétrico proposto por Beraldin e o metrô sonhado por alguns e prometido pelo prefeito Beto Richa, é que aquele correria sobre a malha ferroviária já existente em Curitiba e que hoje corta a cidade em várias partes, com pequenas desapropriações para atender algumas localidades; enquanto que o metrô, além das vultosas somas que exigiria, transformaria a cidade num gigantesco canteiro de obras com longa duração, como aconteceu em São Paulo, que até hoje paga por erros em suas obras.

Curitiba tem uma topografia plana, facilitando a implantação do bonde elétrico proposto por Neivo e esta observação está dividindo a opinião pública e técnicos em transporte de massa, já que o metrô ou seria de superfície (neste caso ficamos com o bonde de Neivo), ou seria com parte subterrânea nas poucas elevações que existem e de superfície no resto da cidade, com altos custos, desprezando a malha ferroviária existente, que certamente seria enterrada.

Enquanto os mais práticos optam pelo Bonde Elétrico por ser mais barato, não vai poluir a cidade e terá suas obras concluídas em pouco tempo, já que a malha ferroviária existentente sofrerá apenas ajuste de bitóla, podendo ser utilizado antes da Copa do Mundo de 2014, além de ser muito mais “romântico”, como acontece em Porto Alegre e Rio de Janeiro, o metrô vai provocar um desatino social na cidade, muito mais problemático do que a “linha Verde” , vai exigir altas somas e um endividamento sem fim, e não ficará pronto antes de 2014.

No dia 13, técnicos especializados em transporte de massa, engenheiros urbanistas, representantes do Ministério dos Transportes, diretores do Banco Mundial e do BNDES, cientistas especializados em desenvolvimento de cidades e lideranças empresariais e políticas além, da sociedade organizada, vão decidir o futuro dos transportes de massa em Curitiba para os próximos vinte anos.

Os argumentos de Neivo Beraldin para o Bonde Elétrico são convincentes e esclarecedores. Os argumentos dos que defendem o metrô não são do nosso conhecimento.

É bom que sejam muito fortes para não deixar a impressão que sua proposta é uma grande tacada de marketing político.