Somente escrevo sobre o debate neste sábado, por que gastei a sexta feira inteira revendo o debate realizado pela Band com os candidatos à prefeitura de Curitiba, na esperança de encontrar entre eles pelo menos um que tivesse condições de brigar de perto com o candidato da coligação “O Trabalho Continua”, e talvez levasse a decisão para o segundo turno, mas me confesso frustrado.
Na verdade o que assisti foi uma frente orquestrada contra Beto, com a nítida sensação de colocar Gleisi Hoffmann nas disputas num segundo tempo e, em caso de uma vitória dela, negociar alguns cargos na administração municipal.
Posso estar enganado, mas não consigo ver o debate de outra forma, pois tanto o PV como PMDB, PcdoB, PtdoB e até o PTB só sabiam botar defeito na administração Beto Richa, até mesmo em temas na qual Curitiba é premiada internacionalmente, ao invés de apresentar propostas.
O representante do PSOL, Bruno Meirinho, só estava preocupado em mostrar sua intelectualidade anárquica e teimava em sonhar com um metrô para Curitiba.
Era tão flagrante o despreparo de alguns candidatos que dois deles, Lauro Rodrigues e Maurício Furtado, não conseguiu formular uma pergunta com tempo de um minuto. Nos trinta segundos já começavam a babar no microfone, tão nervosos e despreparados que estavam. E quando tinha que responder alguma indagação, com dois minutos de tempo, enroscavam a língua e não conseguiam esboçar um não sei.
Fábio Camargo, com discursos ultrapassados, limitou-se a se auto-afirmar dono de uma capacidade administrativa inigualável, mas num linguajar pífio e sem lógica.
Ficou mais para garoto propaganda do Roberto Jefferson, seu presidente nacional, do que candidato a prefeito de Curitiba.
Entretanto, de uma coisa devo ser justo. Se eles não conseguiram debater com Beto Richa, ao menos mostraram uma criatividade hilariante, demonstrando boa capacidade circense, só faltando o nariz de bola vermelha. O resto eles fazem muito bem.
Já Beto Richa, estava muito estático e embora toda sua boa vontade, as vezes ficava vermelho com perguntas cujas respostas não tinha disponível. O que dava para entender que seus assessores mais diretos, inclusive alguns secretários, não lhe assessoravam na hora exata, e não lhe dizem a verdade sobre alguns setores da administração municipal, pois muito do que foi dito tem fundo de verdade.
É bom Beto mandar verificar alguns procedimentos na Guarda Municipal e no setor social, por exemplo, antes que a concorrência o faça. E não aceite relatórios, vá direto verificar pessoalmente, converse com o pessoal obreiro e não com as chefias, que nestes setores o “mar não está para peixe”. Ali a maioria não vota com o PSDB.
De tudo isto eu tiro duas coisas:
Os adversário do “turquinho” são muito fracos. Fracos demais.
Beto leva mais esta. Pode mandar fazer o terno da posse.
Se acontecer alguma coisa diferente no dia 05 de outubro, vou classificar o fato de anormalidade eleitora!