quarta-feira, 13 de maio de 2009

Se humildade tivesse, a família do deputado deveria vestir luto

Tantas foram as barbaridades que este jovem deputado Fernando Ribas Carli Filho fez ao volante de seus possantes carrões (vejam a extensa ficha no Detran), que a190 kh provocou um acidente ceifando duas vidas, que não encontro as palavras certas para este artigo. Ao longo da minha vida profissional já testemunhei muitas barbaridades que terminaram sufocadas pelo poder do dinheiro.

Assim, deixo de falar sobre o acidente e mostro a carta que recebi do pai de uma das vítimas. Antes, gostaria de lembrar que o dinheiro não compra a morte, mas alivia a dor, como aconteceu com o sobrinho do Governador Requião, João Arruda, que também pela imprudência matou duas jovens e até agora não sentou no banco dos réus, e nem vai sentar nunca.

Não será novidade nenhuma se amanhã a grande mídia não divulgar que “as autoridades chegaram a conclusão que os dois jovens mortos no acidente que envolveu um destacado político paranaense são os culpados pelo fato”. Como já disse o dinheiro compra tudo. Alguns vendem a honra. Ao meu ver, se humildade tivesse, a família do deputado deveria vestir luto.

Leia a carta do pai do Gilmar:
Desabafo de um pai com coração destroçado

Olá queridos amigos!

Voces não imaginam a importancia de ter amigos.

Neste momento de muita dor, onde a tristeza tomou conta de minha alma, onde a vontade de viver dá lugar a de morrer, receber as muitas mensagens através de telefonemas, e-mails tem sido um refrigério.

Ontem a equipe da TV Paranaense esteve em minha casa, gravamos uma matéria que revelava bem a nossa indignação.

Mas infelizmente cortaram e colocaram apenas o que não poderia repercutir ou seja nada comparado ao que falamos.

Vejo o Poder Publico sendo colocado a disposição do deputado para diminuir as evidências deste crime.

No posto de gasolina onde praticamente tudo começou, o frentista revelou que no dia seguinte onde nós chorávamos a morte de meu filho ,os advogados do deputado já estavam trabalhando recolhendo evidencias.

Conversando com o frentista o mesmo comentou que ouvindo a conversa deles, afirmavam que o deputado estava embriagado. No Hospital Evangélico enfermeiros comentam de que foi encontrado cocaína em seu sangue e tudo sendo escondido pelas autoridades, médicos e imprensa.

Porque tanta impunidade? 190 km por hora foi quando foi cravado o velocímetro e o delegado responsável pelo caso, disse desmentindo as primeiras informações oficiais revelou que o velocímetro estava em zero.

Que poder é este que destroi a familia?

O poder político não é maior que o poder de Deus e não pode estar acima do bem e do mal.

Meu irmão apresentador da TV Educativa, foi afastado de seu programa.

Na CBN colegas jornalistas estão indignados com o cerceamento de informações.

Autoridades de nosso estado, com certeza voces fizeram um pacto e não foi com Deus.

Imagino que haja pessoas descentes e que irão reverter este quadro.

Sei que tudo irá passar e que enfrentarei muitos desafios apartir de agora.

Peço a Deus que nos dê forças e nos proteja.

Amigos, poderia estar acontecendo com qualquer um de voces.

Fui escolhido para suportar tamanha dor acompanhado desta grande injustiça.

Obrigado pelas homenagens ao meu filho.

Nesta quinta na Igreja do Balão no Alto da XV, estaremos realizando um culto em memória ao Gilmarzinho às 20:00.

Um beijo à todos queridos amigos,Gilmar .

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Família Simões. Um dia tudo acaba. De um jeito ou de outro, mas acaba

Por determinação do TER/PR, depois de inumares tentativas em todas as esferas judiciais, o deputado estadual Carlos Simões recebeu cartão vermelho e vai ficar de fora da vida pública por muito tempo. Durante muitos anos ele e seu irmão, Íris Simões, ex-vereador e ex-deputado federal, compravam votos na base da esmola para pessoas menos favorecidas e sem esclarecimento, que procuravam seus escritórios em busca de uma ajuda.

Sem nenhum pudor eles trocavam voto por cadeiras de rodas, dentaduras (era o forte deles) óculos, cesta básica e as vezes algum remédio, desde que fosse antigripal, xarope para tosse ou alguma pomadinha que não custasse mais de cinco reais.

Desta forma eles fizeram fortunas com negociações e votações espetaculares, até que a um dia a casa caiu. Íris foi julgado pelos eleitores que um dia ele corrompeu. De deputado federal com boa votação não conseguiu ser eleito vereador.

Carlos Simões foi “fritado” pela Justiça Eleitoral que cassou seu mandato pelos motivos acima citados, mais sua participação no episódio das ambulâncias, que seu irmão “ajeitava” em Brasília onde ficou conhecido como um dos “deputados sanguessugas”.

Com todas estas “qualificações”, os irmãos Simões ainda encontrava colegas que os defendesse na Assembléia Legislativa do Paraná, como foi o caso do deputado Chico Noroeste, que falando para jornalistas disse que “ a casa estava perdendo um grande homem. Trabalhador, honesto, e que dificilmente teria um substituto a altura do seu trabalho, da sua coragem. Em fim: Chico Noroeste estava muito triste(sic) com a saída de Carlos Simões.

Não cabe a nós jornalistas julgar pessoas e sim divulgar fatos que envolvam pessoas, muito especialmente quando elas são públicas. Mas convenhamos, o tal de Chico Noroeste perdeu uma boa oportunidade de ficar calado. A não ser que ele jogasse no mesmo time dos Simões e a Imprensa e nem a Justiça Eleitoral tenha percebido isto.

Mas como tudo tem sua compensação: No lugar de Carlos Simões vai assumir Neivo Beraldin,(PDT) um dos deputados de melhor folha corrida deste Paraná, autor da Lei do ICMS Ecológico, que distribui milhões de reais aos municípios que preservam o meio ambiente, não importando a que partido seu prefeito pertença.