Insatisfeitos com a forma que a cúpula do PDT está negociando a presença do partido nas diferentes esferas dos governos e pela longa ausência de reuniões partidárias, o que está afastando filiados, um grupo de pedetistas autênticos percorre o país pregando o “Movimento de Resistência Leonel Brizola”.
O movimento tem como prioridade resgatar os compromissos programáticos fundamentais do PDT, delineados no artigo primeiro do seu estatuto, que destaca que o PDT é uma organização política da Nação Brasileira para a defesa dos interesses nacionais, da identidade nacional e da integridade do cidadão. É um partido popular e democrático que atua sob a inspiração do nacionalismo e do trabalhismo.
Os “autênticos” acusam a direção nacional e, por conseguinte as direções estaduais e municipais, de atuarem em defesa de seus interesses deixando de lado os programas do partido, se afastando das lideranças trabalhistas e comungando com práticas que só beneficiam os grandes grupos e os banqueiros.
O líder do movimento que esteve em Curitiba que pediu para, por enquanto, manter seu nome fora dos noticiários, pelo menos até que tenha percorrido todos os estados, salientou que “ nos últimos tempos o pensamento único neoliberal sustentado pela grande mídia, por alguns políticos e por sucessivos governos em nosso país, procurou desmerecer e desacreditar nossas idéias, nossas propostas e nossas políticas. Pregaram a redução do papel do Estado a ponto de torna-lo mínimo, pregaram privatizações, pregaram juros altos, pregaram a desregulamentação da economia, defenderam abertura das fronteiras econômicas nacionais, foram omissos nas demissões, silenciaram nas diminuições salariais e a redução e flexibilização dos direitos trabalhistas e previdenciários, destruindo programas do partido criados para a proteção do trabalhador brasileiro”.
Segundo estas lideranças, um documento nacional será sendo redigido pelo Movimento de Resistência Leonel Brizola para que o PDT não se distancie das lutas sociais dos brasileiros e deixe de ser um partido de uma só pessoa e que seu programa seja respeitado pelos que detém as lideranças nas diferentes esferas do partido.
Este movimento também faz críticas pesadas ao atual Ministro do Trabalho Carlos Lupi que abandonou o programa do partido em troca de interesses pessoais, não tendo nomeado nenhum pedetista para a sua assessoria, o que o torna vulnerável às pressões do Palácio do Planalto.