domingo, 3 de maio de 2009

Vereador curitibano quer legalizar atividade ilegal

O vereador Francisco Garcez do PSDB de Curitiba pode estar cheio de boas intenções, mas no caso da sua iniciativa de criar uma cooperativa de guardadores de carros nas ruas da cidade pode estar procurando “ cifre em cabeça de cavalo”, pois ninguém pode exigir nada de alguém que estacione um veículo numa via pública que esteja fora da área do estacionamento regulamentado, o nosso conhecido Estar.

Além do mais, com a criação de uma instituição privada para explorar um bem público, o vereador, além de ser inconstitucional, estará correndo o risco de abrigar pessoas de índole nem sempre recomendável e com ligações com o ilícito, como tem sido registrado pelo aparelho policial da capital.

O cidadão brasileiro, especialmente o curitibano, já enfrenta uma interrogação ao ser obrigado pela prefeitura a construir sua calçada que deve ser usada pelo público.

É o contraditório na pura expressão da palavra. Será que ele pode fazer da sua calçada o uso que lhe convier, pois é dele e por ela ele pagou?

Não, porque é uma área pública.

Então se é uma área pública, por onde todos podem passar, por que o cidadão deve pagar para construí-la?

Agora vem o Xico da Folha do Boqueirão, com quem devo tomar um café qualquer hora destas, com a idéia de criar uma cooperativa de guardadores de carros, que não é outra coisa senão dar a outrem o direito de cobrar por uma coisa que é pública.

Vamos ter brigas em cada esquina da cidade, como já acontece no centro à noite, pois ninguém é obrigado a pagar um “quardador” para cuidar do seu carro, já que o dito não lhe oferece nenhuma garantia de segurança. Até mesmo por suas poucas posses e nenhuma cultura, pois se assim não fosse não seria um guardador de carros.

Segundo a assessoria do Xico Garcez, sua idéia, se passar pelas comissões e assessorias da Câmara e ser aprovada em plenário e sancionada pelo prefeito, será implantada em caráter experimental no bairro do Boqueirão, reduto eleitoral do vereador.

Os guardadores de carros, ou flanelinhas como são conhecidos em várias cidades, já perturbam os que não pagam por seus pagam por seus serviços”, imaginemos seu comportamento com uma cooperativa para lhes dar guarida jurídica.

Será “pauleira” para todos os lados, com muita atividade para a Polícia.

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