A pesquisa eleitoral publicada pelo jornal Folha de São Paulo neste final de semana sobre a tendência política para 2010 no Paraná está causando um razoável estrago no PDT Estadual, e vai obrigar o senador Osmar Dias a sair de cima do muro e se posicionar( ainda que achemos um pouco cedo) sobre com quem e para onde vai quando outubro de 2010 chegar.
A verdade é que até agora o senador pedetista condicionou sua candidatura para governador em acordos que teria na base do fio do bigode, com o PSDB, ou melhor, com Beto Richa, digamos em troca do apoio que teria dado ao prefeito nas últimas eleições em Curitiba.
A pesquisa apresenta Osmar Dias com apoio do PT contra o seu irmão Álvaro Dias e sem o PT. Também mostra Osmar contra Beto Richa com apoio do PT e contra Beto sem o PT. E as mesmas variações são feitas com Orlando Pessuti do PMDB e com outros menos importantes.
Com exceção do PMDB de quem Osmar ganha com vantagem, em todas as outras hipóteses Osmar leva chumbo. A coisa está tão ruim para ele que até mesmo do presidente de uma das maiores cooperativas agrícolas do país, seu grande amigo,quando os dois se encontraram num avião, Osmar ouviu que a agricultura paranaense pode apoiar seu nome para o governo, mas que existem algumas pendências que precisam ser solucionadas. Osmar ouviu que o melhor para a agricultura seria ele continuar senador e aguardar uma nova carruagem passar para pegar as rédeas dos cavalos.
Ainda que estejamos a um ano e sete meses das eleições, é verdade que a assessoria de Osmar também deva ficar de sobreaviso, pois como diz um velho ditado “porteira por onde passa um boi passa uma boiada”, e se o PDT não procurar reverter aqueles números, na outra pesquisa vai estar mais longe ainda e nem com Felipe Massa no comando o 12 do PDT vai fazer pódio.
Ninguém pode negar que Osmar Dias é um nome muito forte para o Palácio do Governo, mas ocorre que a dinâmica da vida colocou na sua frente Beto Richa, o namoradinho de Curitiba, que aos poucos vai tentando penetrar no interior do Estado, levando novas propostas para muitos sonhos ainda sem solução.
Isto para não falar-mos, mais uma vez, de Gustavo Fruet que tem seu carro político sobrando motor.
Não tem dinheiro que faça o melhor “marketeiro” do país reverter a imagem de Osmar no Paraná, pois tudo o que se podia dizer dele já foi dito. Aos poucos ele deixou de ser novidade.
Já Beto Richa aparece como a novidade e de lambuja é jovem, boa pinta, tem o jeito do genro que todo pai queria ter e para arrematar é filho de um dos melhores governadores que o Estado já teve: José Richa.
Orlando Pessuti, (PMDB) ainda que um excelente político, de vida pública intocável, carrega nas costas o peso de um partido comandado por Roberto Requião, que vem fazendo umas das piores administrações que o Paraná já teve. Se não trabalhar a sua imagem junto ao eleitor, não sei não.
Por tudo isto, com os adversários que as hipóteses colocam em sua frente, mais o conselho que o presidente de uma poderosa cooperativa agrícola lhe deu, é bom Osmar Dias reunir seus assessores( sic), fazer um exame de consciência, falar de irmão para irmão, reservadamente, com Álvaro Dias que tem mais experiência do que ele e pedir a Deus que lhe dê uma luz, pois de outro jeito será como a briga de Davi e Golias. Quando menos esperar alguém coloca uma bolinha de gude no seu caminho e ele desaba de uma vez só, deixando o PDT órfão de pai e mãe.
Ainda que longe do inicio da propaganda eleitoral, não se pode negar que uma pesquisa, por mais fraca e até tendenciosa que seja, sempre provoca um estrago em que não tem posição privilegiada em seus números.
Para Osmar Dias existem duas hipóteses: ignorar a pesquisa e trabalhar, trabalhar. Ou levar a sério é repensar posicionamentos para evitar um vexame lá na frente.
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