Se olharmos a média do noticiário nacional envolvendo policiais, vamos encontrar um percentual significativo de problemas e não soluções. Seja por desvio de conduta, seja por má formação profissional, seja por corrupção.
É bem verdade que a figura da autoridade policial deve ser respeitada, mas o que vemos nos dias de hoje é que a comunidade teme a figura do policial pelos inúmeros fatos negativos registrados todos os dias. Mas também é verdade que existem as exceções na categoria, embora sonhemos que fosse regra geral.
O ato do policial militar do Paraná, Agnaldo Silva, que tem nome de produtor de novela, trabalhando apenas a quatro anos na Patrulha Escolar, que aparece nos jornais de Curitiba e é destaque neste Dossie Digital, salvando uma criança de menos de um mês de vida, nos mostra que nem tudo está perdido nesta vida e que dentro de uma farda de policial está um ser humano com problemas como qualquer um.
Agnaldo é apenas um soldado. Não ganha um salário digno da sua função, mas nem por isso ele deixou um pai aflito, vendo seu filho perdendo a respiração, quase morrendo, sem atendimento.
Mas quantos Agnaldos a Polícia Militar do Paraná tem em suas fileiras?
Acredito que muitas dezenas, mas não são conhecidos da população porque a corporação não tem uma visão institucional social da atividade e muito menos de marketing, para avaliar o quanto a população aumentaria a faixa de crédito destinada aos policiais, se daquele gesto tomasse conhecimento.
Sabemos que fazer a coisa certa é dever de todos, mas salvar a vida de uma criança não é o mesmo que algemar um traficante ou um assaltante.
É preciso separar uma coisa da outra e o comando da tropa vir a público e dizer o quanto está orgulhosa do Agnaldo Silva,um simples soldado, como o fez o pai da criança que ele salvou.
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