sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Uma mãe pode esquecer um filho dentro do carro?

Pode.

Claro que pode!

Ainda outro dia, uma jovem mãe deixou sua filha dentro do carro, trancada, com os vidros fechados, com um sol de rachar. É lógico que a criança teve problemas se já não faleceu já que entrou no hospital em estado grave.

O que acontece é que a cada dia mais mulheres ficam mães muito cedo, e por falta de maturidade acabam tendo que criar o filho sem ajuda do pai, ou quando isso acontece é na base de um em cada canto.

Tudo em nome da liberdade.

A meu ver o fato que ganhou manchete na mídia, aconteceu mais porque a mãe saiu da sua rotina natural.

Vou explicar melhor: as mães que trabalham precisam deixar seus filhos nas escolinhas já no primeiro ano de vida.

A rotina de uma mãe destas é na base de ficar arrumada cedinho, alimentar a crianças e aguardar que a Van passa para recolher e levar até a escola. Isso de segunda a sexta feira. Nos finais de semana a mãe fica em casa com a filha.

Quando esta rotina é alterada tudo pode acontecer. Inclusive a mãe, por falta de hábito (não era ela quem levava a filha para a escolinha) acaba tendo obrigações às quais não está acostumada e tudo pode acontecer.

Sei que é muito difícil aos olhos de uma mãe o fato de uma pessoa esquecer seu filho dentro do carro.

Mas a verdade é que isso pode acontecer. E mesmo que a criança venha a entrar em óbito, dificilmente um juiz vai condenar a mãe por que não vai encontrar elementos suficientes para levá-la à cadeia por muitos anos como seria em no caso de um assassinato.

No máximo ela vai pegar três ou quatro anos e ainda assim vai fazer serviços sociais neste período, já que ela não teve a intenção de matar sua filha daquele jeito.

É triste sim, mas naquele caso não existem elementos que a condenem a uma pena de 10, 15 ou mais anos, como deve acontecer com os assassinos como determina o nosso código.

Fica aqui um alerta às mães que mantém seus filhos em escolinhas ou longe de seus olhos durante a semana inteira seja lá pelos motivos que forem. Procure participar do dia a dia da sua filha, mesmo que isso lhe exija algum esforço.

Ao final, quando ela estiver grande, você vai poder dizer a ela que todo o seu “sacrifício” para educá-la valeu a pena, mesmo o pai dela tendo ficado de fora destas emoções.

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